quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Kraken




História

O Kraken era uma espécie de lula ou polvo gigante que ameaçava os navios no folclore nórdico. Este gigante tinha o tamanho de uma ilha e cem braços, acreditava-se que habitava as águas profundas do Mar da Noruega, que separava a Islândia das terras Escandinavas, mas poderia migrar por todo o Atlântico Norte. O Kraken tinha a fama de destruir navios, mas só destruía aqueles que poluíam o mar e navios piratas (ou seja, um grande ativista do Greenpeace e combatente da pirataria).

Kraken na mitologia grega

O Kraken também é confundido por ser visto na mitologia grega como uma sépia gigante que controlava as tempestades e as profundezas oceânicas e que habitava uma caverna submersa. No entanto, não há registro do Kraken na mitologia grega.

 O Kraken era uma criatura tão temida pelos marinheiros quanto às ferozes Serpentes Marinhas.


Aparência

“Essa criatura é semelhante a uma lula imensa, com um corpo retilíneo, dois olhos arregalados e uma massa de tentáculos. “ (Livro dos Monstros, D&D 3.5)





“Sob os trovões da superfície, nas profundezas do mar abissal,
o kraken dorme sempiterno e sossegado sono sem sonhos.

Pálidos reflexos se agitam ao redor de sua forma obscura;

vastas esponjas de milenar crescimento e alturas

e inflam sobre ele,
e no fundo da luz enfermiça polvos inumeráveis e enormes
agitam com braços gigantescos a verdosa imobilidade de

secretas celas e grutas maravilhosas.

Jaz ali por séculos e ali continuará adormecido,

cevando-se de imensos vermes marinhos,

até que o fogo do Juízo Final aqueça o abismo.


Então para ser visto por homens e por anjos,
rugindo surgirá e morrerá na superfície.”

(Alfred Lord Tennyson)

Vídeos

 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Medusa

"A menos que por minha ousadia Perséfone, a terrível,
Do Hades envie uma pavorosa cabeça de um monstro horrível."
(Homero)




História

Numa versão posterior do mito da Medusa, relatada pelo poeta romano Ovídio, a Medusa teria sido originalmente uma bela donzela, "a aspiração ciumenta de muitos pretendentes", sacerdotisa do templo de Atena. Um dia ela teria cedido às investidas do "Senhor dos Mares", Poseidon, e deitado-se com ele no próprio templo da deusa Atena; a deusa então, enfurecida, transformou o belo cabelo da donzela em serpentes, e deixou seu rosto tão horrível de se contemplar que a mera visão dele transformaria todos que o olhassem em pedra. Na versão de Ovídio, Perseu descreve a punição dada por Atena à Medusa como "justa" e "merecida".



Morte

Na maior parte das versões do mito, enquanto Medusa estava prenha de Poseidon, o deus dos mares, teria sido decapitada pelo herói Perseu. Por sua vez, Perseu havia recebido a missão e trazer a cabeça da Górgona como uma forma de presente, para o rei Polidetes de Sérifo. Os deuses como não gostavam de fazer faxina, muniu a Isaura (Perseu) com tudo o que ela iria precisar. Não foram muito generosos, com o auxílio de Atena, de Hermes, que lhe forneceu as sandálias aladas, e de Hades, que lhe deu um elmo da invisibilidade, uma espada e um escudo espelhado, ou seja, quase nada. O herói cumpriu a missão, matando a Górgona após olhar apenas para o seu inofensivo reflexo no escudo, evitando assim ser transformado em pedra. Quando separou a cabeça da Medusa de seu pescoço, duas criaturas nasceram: o cavalo alado Pégaso e o gigante dourado Crisaor.



Para a acadêmica britânica Jane Ellen Harrison, a "potência [da Medusa] somente se inicia quando sua cabeça é cortada, e aquela potência se encontra na cabeça; ela é, noutras palavras, uma máscara com um corpo acrescentado posteriormente a ela... a base do Gorgoneion é um objeto de culto, uma máscara ritual mal-compreendida."

Aparência

Há muito mistério da verdadeira aparência de Medusa, uns apontam como uma mulher serpente monstruosa, outras fontes a colocam como uma figura humanóide bela com os cabelos dominados pelas serpentes. Conforme a descrição do Livro dos Monstros 3.5 do sistema D&D:

“Embora, à primeira vista, a criatura seja semelhante a uma humana de grandes proporções, um olhar atento revela seu rosto horrendo, coroado por um ninho de serpentes vivas e sibilantes no lugar dos cabelos, olhos brilhantes, profundos e vermelhos, e sua pele escamada e marrom.”


Vídeos







sábado, 22 de janeiro de 2011

Sereias

"Com minha música, lhe darei um sono mais profundo do que a morte, deixe-se levar pela melodia de minha voz."



História

As sereias são seres mitológicos metade humana e metade peixe, mas de acordo com escritores antigos elas eram retratadas como uma de suas metades sendo a de um pássaro.

Na Grécia Antiga, porém, os seres que atacaram Odisseu eram na verdade, retratados como sendo sereias, mulheres que ofenderam a deusa Afrodite e foram viver numa ilha isolada. Assemelham-se às harpias, mas possuem penas negras, uma linda voz e uma beleza única.

Odisseu e as Sirenes. Pintado em 1891 por John William Waterhouse.

Aparência

Possuidoras de uma beleza estrondosa, essas “ninfas” dos mares tem um desejo mortal de levar os mortais para a perdição. Enfeitando-se como conchas, pérolas, jóias e artigos de naufrágios  as pequenas crianças dos mares encarnam o espírito da vaidade.



O silêncio das sereias

Para se defender das sereias, Ulisses tapou o ouvidos com cera e se fez amarrar ao mastro. Naturalmente - e desde sempre - todos os viajantes poderiam ter feito coisa semelhante, exceto aqueles a quem as sereias já atraíam à distância; mas era sabido no mundo inteiro que isso não podia ajudar em nada. O canto das sereias penetrava tudo e a paixão dos seduzidos teria rebentado mais que cadeias e mastro. Ulisses, porém não pensou nisso, embora talvez tivesse ouvido coisas a esse respeito. Confiou plenamente no punhado de cera e no molho de correntes e, com alegria inocente, foi ao encontro das sereias levando seus pequenos recursos. 

E de fato, quando Ulisses chegou, as poderosas cantoras não cantaram, seja porque julgavam que só o silêncio poderia conseguir alguma coisa desse adversário, seja porque o ar de felicidade no rosto de Ulisses - que não pensava em outra coisa a não ser em cera e correntes - as fez esquecer de todo e qualquer canto. 

Ulisses, no entanto - se é que se pode exprimir assim - não ouviu o seu silêncio, acreditou que elas cantavam e que só ele estava protegido contra o perigo de escutá-las. Por um instante, viram os movimentos dos pescoços, a respiração funda, os olhos cheios de lágrimas, as bocas semi-abertas, mas achou que tudo isso estava relacionado com as árias que soavam inaudíveis em torno dele. Logo, porém, tudo deslizou do seu olhar dirigido para a distância, as sereias literalmente desapareceram diante da sua determinação, e quando ele estava no ponto mais próximo delas, já não as levava em conta. 

A Sirene, por John William Waterhouse (em 1900)


Mas elas - mais belas do que nunca - esticaram o corpo e se contorceram, deixaram o cabelo horripilante voar livre no vento e distenderam as garras sobre os rochedos. Já não queriam seduzir, desejavam apenas capturar, o mais longamente possível, o brilho do grande par de olhos de Ulisses. 

Se as sereias tivessem consciência, teriam sido então aniquiladas. Mas permaneceram assim e só Ulisses escapou delas. 

De resto, chegou até nós mais um apêndice. Diz-se que Ulisses era tão astucioso, uma raposa tão ladina, que mesmo a deusa do destino não conseguia devassar seu íntimo. Talvez ele tivesse realmente percebido - embora isso não possa ser captado pela razão humana - que as sereias haviam silenciado e se opôs a elas e aos deuses usando como escudo o jogo de aparências acima descrito.

Publicado na Folha de S.Paulo, domingo, 6 de maio de 1984.

Canto das Sereias


 



Paródias


Claro que não poderíamos se esquecer da sereia mais famosa de todos os tempos, estes vídeos apenas refletem que nossa menina não veio para brincadeira.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Succubus



História

Luxo, Poder e Sedução, são essas as palavras perfeitas para descrever um dos demônios mais famosos do mundo. A luxúria encarnada em uma bela dama com um apetite sexual voraz, sua principal meta é durante o ato sexual roubar a preciosa energia vital dos homens com quem tem relação.
Ela invade os sonhos dos homens necessitados ou luxuriosos por puro capricho, mas eu voto na primeira opção. Quando invade os sonhos de uma pessoa toma a forma do seu maior desejo sexual e lhe suga a energia vital.

Aparência

A aparência das súcubos varia, mas em geral são descritas como detentoras de uma sedutora beleza, muitas vezes com asas de morcego e grandes seios; Elas também têm outras características demoníacas, tais como chifres e cascos. Às vezes, aparecem como uma mulher atraente em sonhos em que a vítima parece não conseguir retirá-la da sua mente. Elas atraem o sexo masculino e, em alguns casos, o macho parecia "apaixonar-se" por ela. Mesmo fora do sonho ela não sai da sua mente. Ela permanece lentamente a retirar-lhe energia até à sua morte por exaustão. Outras fontes dizem que o demônio irá roubar a alma do macho através de relações sexuais.

Ela acabou preservando sua sedução até mesmo nos jogos de RPG, olhem sua descrição:

“ A criatura é deslumbrante, escultural e extraordinariamente bela, com uma pele impecável e cabelos negros. Seu aspecto tentador também possui um lado estranho: grandes asas de morcego se projetam de suas costas e seus olhos brilham com um desejo sinistro.”

Curiosidades

  •  Desde o século XVI, uma Súcubo esculpido no exterior de uma estalagem indicava que o estabelecimento funcionava também como um prostíbulo.
  • Raramente a Súcubo irá atacar sozinha, pois a nossa menina não é nada burra, com um corpo esculpido pelos “anjos” ela o uso muitas vezes não só para conseguir o afeto dos mortais como os de outros demônios. Diz as más línguas que uma de suas companhias e body guard predileto é o nosso querido Balrog ou Barlor. 
Barlor ou Balrog, body guard da Súcubo


Experiências

A última vez que ouvi falar da Súcubo em um jogo de Rpg, foi quando um grupo de aventureiros adentrou uma masmorra e nela havia uma biblioteca, que era guardada pela diva das divas. Ela permitiu que eles vasculhassem o recinto a procura de qualquer informação, e então um dos integrantes encontrou um quarto ao fundo da biblioteca. Neste quarto encontrava-se os pertences da Súcubo, e como quem encontrou foi o Paladino, um ser nobre e de extrema sabedoria, um homem guiado pela mão dos deuses, ele acabou roubando os pertences da nossa diva.

Moral da história, todos obtiveram uma inimiga perversa.

Bordões das Súcubus



"Uma das melhores Súcubus de todos os tempos, seu sorriso doce e seus lábios de sangue convidam sua vitíma a adentrar o doce perfume da morte."